segunda-feira, 29 de março de 2010



A Criminalização dos movimentos sociais!

Pedro H. Vieira de Carvalho

Uma discussão sobre a atual paralisação dos docentes, discentes e técnicos da Universidade Federal da Bahia- ICADS, Barreiras-BA.

Até quando vamos nos sujeitar a esse poder que nos oprime? Porque que a nossa policia ao invés de nos proteger nos trata como bandidos?

A criminalização dos movimentos sociais sejam eles no campo ou cidade é uma estratégia do estado para descaracterizar as ações de reivindicações de categorias e grupos “organizadas”, tirar o foco do movimento e principalmente denegrir a imagem daqueles que lutam, em uma sociedade democrática, pelo direito a Educação pública, gratuita e de qualidade. Direitos assegurados por lei, dever do Estado, que também deve garantir a acessibilidade e o direito ao lazer, cultura, e a livre expressão.

Na segunda semana de Março professores, estudantes da UFBA/ICADS Barreiras-BA fizeram um movimento com o cunho de reivindicar um melhor acesso ao campus da Prainha, que se encontra em condições precária, sem uma pavimentação asfaltica, uma ponte em péssimo estado de conservação, pondo em risco a vida de todos que por ela trafegam. Além das péssimas condições da estrada, faltam ônibus em quantidade e condições adequadas, o que faz com que a ida ao campus se torne uma verdadeira “batalha”. Cansados de esperarem em vão a resolução do problema, a comunidade acadêmica realizou uma manifestação pacifica em que um grande numero de estudantes e professores se deslocaram do campus até a frente da prefeitura, com o objetivo de denunciar a sociedade barreirense a situação a qual foram expostos, bem como exigir do poder público municipal, responsável pela infra estrutura e transporte público, que cumprisse as promessas feitas e as responsabilidades assumidas para a instalação da Universidade Federal na nossa cidade.

Para surpresa de todos, ao chegar foram recebidos por uma tropa de policiais completamente despreparados para lidarem com situações de manifestações populares, que numa atitude de total desrespeito tentaram de maneira violenta impedir a manifestação.

Vivemos em uma sociedade que se diz democrata, mas que ao reivindicarmos nossos direitos somos taxados como arruaceiros, criminosos, pelo estado opressor que em uma atitude retrógada e ilegal, que nos lembrou o triste período da ditadura militar e nos faz questionarmos se realmente vivemos em uma democracia. Atitudes como a que vimos de policiais empoarem armas a professores e estudantes, de violência e prisões revolta a todos e chama atenção para não deixarmos fatos como estes passarem despercebido, que exige da universidade uma defesa ferrenha a sua autonomia, segurança dos membros de sua comunidade e de condições dignas para que possa cumprir com sua função social.

Fatos como este ao mesmo tempo em que nos revolta pela violência e desrespeito, pelo silêncio das autoridades da universidade e de outras instâncias que deveriam garantir nossa segurança, nos faz perceber a necessidade de fortalecer os espaços de formação e atuação democrática, da necessidade de organização, para não cometer os erros do passado. Exemplos de movimentos que trouxeram realmente melhorias a nossa sociedade como as diretas já e o movimento operário que reivindicaram conceitos e princípios basilares da nossa democracia, os direitos trabalhistas e os direitos humanos exigem pensar em um movimento com articulação, responsabilidade e planejamento.

Compreendemos que a força dos movimentos reivindicatórios não se faz com fragmentação, mau planejamento e discursos desencontrados de cursos ou categorias, temos que estar juntos em prol de um benefício comum a todos. As ações de planejamento, discussão e efetivações tem que se dar no âmbito do coletivo, não podemos reproduzir nos nossos movimentos políticos organizacionais a burocracia dos órgãos do governo, cairmos no erro de eleger um pequeno grupo para pensar e decidir por um coletivo. Temos que superar a retórica academicista para avançarmos no campo da ação política, deixar o egocentrismo de poucos, a fragmentação, que gera estranhamento, dicotomia no movimento. Como queremos reivindicar algo que é para o bem de todos se acabamos fragmentado as nossas forças em três grupos sem uma articulação e sem união.

Devemos parar de agir como discentes docentes e técnicos e agir como sociedade politicamente organizada em busca de um só objetivo, que é fazer com que o estado cumpra sua obrigação e a que a Universidade possa de fato ser autônoma, pública, de qualidade e socialmente referendada.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

África Unite !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Resquícios de uma invasão brutal e covarde!

Nesta ultima sexta-feira dia 9 de janeiro de 09 o ônibus da seleção de Togo foi atacado por representantes da Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) quando ia para Angola para participar da Copa Africana de Nações. A Cabinda é uma região que luta pela sua libertação há muitos anos.

Uma coisa é certa podemos falar que aquela é uma região do mundo muito pobre com conflitos políticos recentes, mas é certeza falar que essa atual condição dos países africanos foi devido a anos de exploração de algumas nações e povos como os fenícios começaram a estabelecer colônias na costa africana do Mediterrâneo, por volta do século X a.C.. Seguiram-se os gregos a partir do século XIII a.C., os romanos no século II a.C., os vândalos, que tomaram algumas colônias romanas já no século V da nossa era, seguidos pelo império bizantino , no século seguinte, os árabes, no século VII e, finalmente, os estados modernos da Europa, a partir do século XIV.

Tantos séculos de exploração e descaso total desses povos vieram agravando a situação de todo continente africano que convive com a fome, Aids, confrontos políticos, degradação ambiental por causa da alta exploração de minérios, escravidão, proliferação de doenças como varíola, Ébola e muitas outras, ou seja, largam o continente ao deus dará e a mercê do mundo capitalista.


Com essa pequena reflexão sobre a atual situação do continente africano tento fazer com que refletimos um pouco sobre a precária situação do continente mãe do mundo berço de toda a nossa humanidade e deixo abaixo uma mensagem do rei Bob Marley e que não só a áfrica se una mas todos os homens e mulheres boas do mundo para reverter a situação da África e do mundo.

Tradução

África Unite

Composição: BOB MARLEY

África ,te une Porque estamos saindo da babilônia e estamos indo para a terra de nosso pai. Como seria bom e agradável diante de Deus e do homem, ver a unificação de todos os africanos como já tem sido dito ,deixe ser feito nós somos as crianças do homem rasta nós somos as crianças do homem mais elevado Portanto África te une porque nossas crianças querem vir para casa África te une porque estamos saindo da babilônia e nós estamos trilhando a terra do nosso pai Como seria bom e agradável diante de Deus e do homem ver a unificação de todos os homens rastas como já tem sido dito,deixe ser feito eu te digo quem nós somos embaixo do sol nós somos as crianças do homem rasta, nós somos as crianças do homem mais elevado Então Africa te une, te une para o bem do nosso povo Te une pois está mais tarde do que você pensa Te une para o beneficio de suas crianças Te une pois esta mais tarde do que você pensa A África espera por seus criadores, a África espera por seus criadores África você é meu antepassado fundamental Te une para os africanos que estão no mundo, te une pelos africanos de longe África te une.